Ultimamente tenho feito algumas entrevistas de emprego, e chega até a ser engraçado o contraste entre elas.
Uma é marcada para as 15h e termina as 15h. Dá pra acreditar? Pois é, eu cheguei cinco minutos mais cedo, logo me atenderam e no horário que deveria começar a entrevista já havia terminado. Outra demora mais, a pessoa te faz perguntas, explica o trabalho a ser feito, diz que vai ligar de volta, mas não liga. Até aí, é normal.
Agora a que eu considero mais engraçada e esquisita foi: Uma senhora japonesa me chamou, ela fala bem baixinho e sempre termina suas frases com "né?". Ela quis saber absolutamente tudo sobre a minha vida. Quantos anos meu irmão tem, o que ele faz, porquê não mora mais com meus pais, se já mora com a namorada, o que meu pai faz, o que minha mãe faz, se moro em prédio ou casa, qual é o andar, quanto é o aluguel, quanto é a faculdade, se tenho namorado, porque terminei, se meus pais vão na igreja comigo, qual é o horário da faculdade, que horas chego em casa, que horas eu durmo, entre milhões de outras perguntas. Eu achei até meio engraçada a entrevista, mas não demonstrei à senhora. Acho que deve ser algo da cultura japonesa, ela ser assim uma mistura de desconfiada com curiosa.
Uma das últimas foi a mais legal de todas! Diferente da primeira, que fiquei cinco minutos, nessa eu fiquei duas horas, isso mesmo, duas horas de entrevista. O que pra alguns pode parecer uma chatisse, pra mim foi divertido demais. A mulher era muito gente fina e simpática. Conversamos muito! Ela me fez milhões de perguntas também, mas foram bem mais pertinentes. Tive prazer em responder. Me senti como amiga da mulher há anos, algo que eu nunca pensei que poderia acontecer em uma entrevista. Mas aconteceu, e foi a melhor experiência nesse universo das entrevistas de emprego.Agora ainda há algumas entrevistas a fazer, e o mais importante é esperar a direção certa, da pessoa certa: o Deus maravilhoso que me proporcionou todas essas oportunidades!
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